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A mostrar mensagens de abril, 2019

Loucura.Insana.

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Que loucura insana. Tanto sinto como deixo de sentir. Que abismo mental, que incerteza caótica. O sentido que tem não ter sentido algum isto de perceber que talvez seja assim até sempre. Perceber que não há solução certa, que não há fórmula criada, que não há quem nos garanta de nada, que nada é nos garantido. Não perceber que talvez será sempre assim, a esperança de ter algo que não nos pertence, de que no final, que esperamos sempre que seja agora, de que nos seja dado o que merecemos. E o que é isto de merecer? Merecer o quê e por alma de quem? Quem nos ensinou de que temos aquilo que queremos? Mas já viram o que é não terem o que querem? Mas há coisas que se percebe que foram feitas para serem nossas, de que não faz sentido não o serem, de que há pessoas que nos pertencem, mesmo que pertencer seja objectificar, porque o que somos nós para além de objectos, de figuras, de coisas, que enquanto vivas servem propósitos, de que mortas deixam de servir? Porque há um lugar, uma linh

Cada.Beijo.

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Cada vez que te vejo, o meu coração cai-me do corpo, torna-se mandante de todo o resto que sou eu. Tremo por uma temperatura gélida, mesmo que seja em pleno verão. Relembro as vezes em que nos vimos. As primeiras vezes que nos vimos, após todas as cisões que tivemos. E de cada vez que nos olhávamos, fosse uma semana que tivesse passado, fosse um mês, aquele olhar arrebatava o mundo. Cometíamos tudo e mais alguma coisa, só a olhar um para o outro. Eu sabia que me tocavas, tu sabias que eu te queria, tudo só num olhar. Podia ter passado meses, ou dias, mas aquele olhar aquele olhar fazia acender todos os candeeiros do mundo. Das últimas vezes que estivemos juntos, antes de me deixares sozinha no carro, eu alcancei a tua mão e tu deste-ma, e aquele toque foi elétrico, criámos algo ali, alias comprovámos algo que criámos logo no início em que nos apaixonámos. Por isso pode passar um dia, podem passar meses, mas eu sei que de cada vez que os nossos olhares se cruz

The.Fucking.Pain.

The pain. The fucking pain. Listening to the love of others. Yes you love yes you are loved. Been there done that. Where am I now? Just standing on the other side. Listening to your happiness. While I'm the one that once knew what is like to love and be loved. It's like hundred knives being jabbed inside of my weak body. All of them from once.

1984.

I say 1984, ten years before I was born, because is the year of the album that would name our relationship to me. A sunny and light weekend, with me and you, just us and a car on our way to Sesimbra. You driving, it was your car and I remember I still didn't have that confidence behind the wheel. I remember looking at you with such tender look, pretty much the same look I'm give now just imagining your face. We arrived to the house we would stay, your family's house, Sesimbra was your place, the place where you have your childhood memories, being happy and simple in those early 90 years. I already knew that place, it was not our first time there, but it was the first time with warm temperatures, with sun but not yet summer. Already unpacked I went for the living room, the place was a mix between an Indian tent, the wood, the wood pillars so very organic, I remember, and a summer house because of the simple yet confusing decoration, typical of a summer staying house.

Aquele.Sítio.Feliz.

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Não vos acontece terem um sítio que vos relembra paz de espírito? A mim acontece ser um sítio que nem é meu e um sítio a que só fui uma vez na vida.  A casa de uma pessoa, uma amiga com quem já nem me dou, em tempos fomos muito próximas, mas a vida fez questão de nos separar, por motivos naturais. Foi um verão de novidades, do florescer da minha adolescência. Foi um verão muito feliz, muito sol e calor, muito cor-de-laranja e cor-de-rosa de final de tarde. Haviam sempre raios a brotar de todos os lados naqueles finais de tarde, lembro sobretudo uma tarde em que estendemos a nossa roupa da praia ao longo dos cabos que haviam atrás da casa. Lembro-me de fotografar aquelas cores quentes com a minha primeira máquina fotográfica, de ver ao longe o sol a pôr-se numa espécie de neblina que mais não era do que os raios de calor a dissiparem-se no horizonte amarelo, de sentir que tinha o mundo por descobrir. Aqueles dias foram de tremenda paz de espírito mas também de muita energia juveni

Not.Happy.

You say "I know it's not her" You say "She knows it's not me" But you proceed that. You continue that. You tell me that like it's worth of some credit. I just feel sorry for you, for me. Waisting this, letting time passes. One more hour with no love. One more day without our love. One more week just imagining. You want years to pass? You want decades of this? A life of what could have been? An if so heavy it hurts? Something is not right with your wrongness. There's reasons you don't tell me. There's secrets you hide from me. But I know you're hiding it from you. You're being blind for you. Don't know the reason. Be reasonable. For once, understand.

Olha.Para.Mim.

Será que é assim tão difícil perceber onde estou? O meu lugar não é fácil, é difícil. Não estou nem de perto onde gostava de estar. Vejo o que não quero, mas tu nem por isso me olhas. Vejo e não me vêem, dói, dói bastante. Não sei o que é pior se ser invisível ou se ser vista e deixada estar. Sabes onde vivo, sabes a minha vida, sabes o que sinto.  Por isso peço-te olha para mim.

Iluminar.

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Irei escrever a nossa história de amor. Irei derramar tinta sobre mil páginas, palavras de quem sente pelo mundo. Porque volto atrás, volto àquele exacto momento em que estavas de costas e te viraste para mim no teu casaco de inverno, o teu cabelo comprido, a tua cara com expressão selvagem. Foi ali que fiquei, ainda ali estou. O tempo passou entretanto mas o sentimento é o mesmo. Sei dizer de cor o que senti quando fizemos amor pela primeira vez. Sei dizer que as borboletas que sinto hoje são as mesmas desde o início. É tão difícil como algo tão simples como um amor destes, é tão complicado. Como todos os dias me deito sozinha sem a tua companhia, como já não sei de que cor são os teus lábios. Faz-me pensar que talvez devesse ter visto aquele filme que tu tanto gostavas e eu não. Que talvez devesse ter concordado contigo quando discutimos pela primeira vez. Que talvez todas as dúvidas que tinha tinham resposta ali mesmo, no amor que sentia por ti. Que me deixem voltar atrás,

A Lot Of Meanings

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I am a person with a lot of meanings. I can't say to you what I am. I can't even say what I am to myself. I see the cars passing by, I hear the people talking, I eat my meals according to my hunger, I sleep because tomorrow is a brand new day. If I know my meaning? Certainly not. But I know I am a perpetual one. No need to intend, no need to secure. Just being a perplex world of variables. A group of words, no meaning behind it. Maybe they together make sense, But most probably they don't. That's me. No other meaning. No other meaning besides existing. Besides being a world of words. A mountain of feelings. Still words. Still concepts, still meanings. I am all that, no intend. I see myself, I know my face, but maybe that's all I know. Photograph of Márcia Simões by Catarina Inácio
O amor é uma coisa ruim. Vejamos bem, na literatura o casal mais apaixonado, o epíteto do amor, Romeu e Julieta, qual foi o destino deles? Acabarem mortos sem chegar a viver a felicidade do verbo amar. Nem eles que se amavam por este mundo e pelo outro, lhes foi dada a chance de poder serem felizes. Morreram precocemente e por causa do amor. Daí o amor ser uma coisa ruim. Não há promessas infalíveis, não há sequer promessas prometíveis, só palavras ao vento, apenas sentimentos do instante, e acreditar no amor é acreditar que esses sentimentos não são instáveis, mas são. São instantes de tempo, instantes de vontade, instantes esses que são capazes de nos destruir se contra nós se virarem. Conheço pessoas que foram felizes, mas conheço ainda mais pessoas que foram magoadas por amor. Que causa é esta? Qual o seu objectivo se não somos mais felizes do que somos antes tristes?

Estranhos.

Lembras-te quando deixaste de me responder? Eu também deixei. Neste momento não falamos. Talvez nem nunca mais iremos falar. Talvez aquelas últimas trocas de palavras foram mesmo as últimas. Somos mais uns estranhos por aí. Mais duas pessoas que podiam ter sido. Mais ontem do que amanhã. Ficarei sempre presa em nós passado, porque o que foi, foi eterno, pelo menos para mim. Recuso aceitar o negar de nós. Merecemos a hipótese que recusaste. O mundo não aceita amor renegado. O amor não tem dupla negação. E eu afirmo-o pelos dois.

Just.Now.

Just now. I just hold myself just now, I hold myself to not write to you. I have to remember my mind and body that it's over. Whatever I was waiting for is over. There's no more "maybe" that accentuate my will, there's no more vain hope. But one more second and maybe you'd had a message from me. A message from a person you no longer bare. That last reaction of you killed me. You only made sure I knew you didn't want me to write to you anymore. And I just saw that. I saw you liking the fact of you and me not talking to each other anymore. And for that I hold myself. And that's why you don't have any message for me and for that you won't have any message from me tomorrow.