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A mostrar mensagens de novembro, 2019

Ignorância.

É impressionante a rapidez com que nos habituamos a ser ignorados e pior, à ignorância de nós mesmos. Noutra perspectiva a demora com que percebemos que não somos mais do que espaço desprezado. Não somos ninguém. Somos ideias, ideias compradas e que deixamos que vendam, que nos vendemos por dia e noite, à espera que a ignorância passe, por que haja um dia em que alguém nos tire desta apatia social, que nos coloque o holofote por cima e diga “reparem”. Até lá percebemo-nos como ignorados e pior, deixamo-nos afundar na ignorância de nós mesmos. Por que pior será a ignorância dos outros ou a nossa? Olho e vejo olhares tão vagos, não livres, apenas vagos de ideias, porque quem as vende deixou de as vender há muito, porque essa pessoa caiu na ignorância dos outros ou pior, na ignorância dela mesma. Pessoas que carregam não mais do que os pertences que a vida as obrigam mas que não se obrigam a elas mesmas a quererem mais, porque talvez tenham querido mais em muito tempo e talvez t

Que.Me.Dói.

Dói viver sem ti. Dói ver-te a cara nos meus olhos diante, Mas não a sinto mais do que em visão, De ti não me queres mais a ter, de mim queres distância. Acabámos perante existência reles de coração sem noção. Detesto-te, detesto-me por te detestar. Amei-te muito, não posso continuar a amar. Mas amarei, sinto-o aqui dentro. Procuro o que tens em que desconhece, Não saberão que por dentro estou partida, perdida. Há quem ache que jamais vou partir,  Outros acham que rapidamente te substituirei. Verdade que também tu achas e aproveitas saber que continuo aqui,  cansada, e profanada de sentimentos que me esvaziam ao invés de encher. Afasto-me de tudo, deixo fendas isolarem-me, perco amigos. Crio espaços para mais espaço ficar, não me apetece intimidade. Mil carícias ficaram feitas para ti, mil beijos na tua boca. Perdidos no passado, tempo que consigo quase tocar mas falha-me nas mãos. Tento agarrar, tão palpável imagino ser, mas falha-me os braç
O meu corpo está frio mas o meu coração está gelado. Deito por terra sonhos, do que vi ter sobrado. Mais um desgosto passo aqui de ter ficado, Pois continuo e acredito naquele que mais me tem falhado. Ano passado, dias sem retorno, sangue pisado. Dura a verdade, não há verdade em discurso viciado. Mentes com todos os dentes que tens e retornado, voltas a falar de desejos que queres mas sem coragem manténs-te estagnado. Se acaba o dia em que tudo tem fim deste começo atrasado. Que preciso de recompensa por tudo o que já me fizeste ter passado. Fim à vista de quem muito luta e pouco vê ter resultado. Que muito eu preciso de um fim maravilhoso e abençoado.
Como é que se se sente sempre mal? Sem melhoras de tempo, sem resoluções capazes. O tempo não cura, não ajuda, piora. As pessoas olham em busca de mudança. Os olhos transmitem a mesma tristeza. Dias melhores, muitos dias piores. Sem chance de perdão, o corpo lacrimeja. Sem forças, novo dia se renova. Com que vontade se forma, novo corpo desmanchado. Forma com silhueta de afim, amor sem fim.