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Tentando perceber Que figura sem saber o que por trás te vem dizer Sem que te possas aperceber Sem marcas ou sinais Fica assim ditado que há de vir o dia Em que sejas poema e não rotina.

Está A Faltar Amor Na Minha Vida

É difícil ter tudo. Há sempre uma parte que o lençol não cobre, é um ajeitar de roupa, um sapato com folga, cabelos no ar, sentimentos a mais ou sentimentos a menos, alguma coisa falha. Redondamente, assim fico, sem jeito, sem expressão, falha tudo mas porque falhou uma coisa. Falha amor, falha trabalho, falha, a missão que nos destina. Falha algo, seja muito ou pouco, falha. E eu fico sem ter onde ir. Está a faltar amor na minha vida. 

Parte à Parte

Creio ser de mim, talvez de outros. Não, é de mim mesmo. Não me ligo, não me interesso. O início é bom, por vezes. É incrível, é a tamanha possibilidade de realidades. Faz-me sentido, tudo faz sentido, ganho poder, ganho sentimentos (percepção subjectiva das emoções), faz sentido que seja subjectivo e que sejam emoções. Mas sendo emoções ( reação a um estímulo ambiental e cognitivo que produz experiências subjetivas e alterações neurobiológicas), estamos a reagir, estamos a agir perante uma acção anterior. Então, nós agimos perante acções e essas nossas acções são percepcionadas de forma subjetiva por cada um de nós. Criamos coisas em nós devido a coisas que fizeram. Mas essas mesmas pessoas que fazem as acções que nos fizeram agir também elas foram desencadeadas por outras acções. Então somos um caminho sem fim de acções.  Quando eu não me ligo, não me interesso, quer isso dizer que a minha acção perante outras acções é a de desinteresse. E face a esse desinteresse, produzo uma percep

Tóxico

A rapidez com que somos tóxicos.  Desarmar o outro com o que sabemos que o vai magoar, somos criminosos neste sentido.  Podemos dizer que não o quisemos desta forma, o outro chorou, mas não foi nessa intenção.  Não terá sido? Foi consciente, foi negligente.  A intenção está lá, escondida nos meandros do que nos magoa. Ver o outro desarmado com a informação que lhe depositamos, com o que sabemos que o mais certo é magoar, no entanto deitamos cá para fora, esperamos na reação a confirmação do que fizemos ou não fizemos. Todos temos a capacidade de ser tóxicos, e esta proeza é assustadora. Se sabemos o que provoca a felicidade nos outros, decerto que também sabemos o que os pode destruir.  Ser tóxico será o traço que menos nos orgulhamos de ter, mas talvez o mais fácil.  Depositar o que nos carrega tristes no que o outro possa sentir, se ser tóxico é bom, eu prefiro ser má.  

Partilhar ou Íntimo

Creio ser hoje a definição de íntimo o não partilhar. Parece tão fugaz, quase um risco, claramente um risco, não registar o momento, somente na mente, fica a imagem mental. Nunca será como na realidade o foi, mas como se a fotografia ou vídeo fossem o que na verdade foi. Na realidade foram tantas as realidades que ali couberam, com quantos olhos a viram e quantos pensamentos tiveram. Mas é isso, o risco de não registar. O risco de se perder na memória, porque já ninguém se fia na memória. Mas na verdade é na memória que procuro o que mais me é importante. É la que cabe tudo o que me ocupa. Creio ser hoje a definição de importante o que não se escolhe partilhar.