Sou um pedaço de tristeza
Partido por razão infindável anterior à minha existência,
Perdido sob falta de felicidade, sem destreza,
Afastado pela solene aparência
de alguém que uma vez quis ser feliz.
Aquém de mar revoltado, terra molhada, pés descalços e frios,
Sem casaco, sem cobertor, sem quem me acolher.
Parto-me aos pedaços, pequeninos, cheia de arrepios,
Por tanto seja isto a que eu chame o que a vida vide saber.
Me encontrem, me salvem, me peçam perdão,
Que a quem te ache no meio de tanto alvoroço,
Talvez me achem, me fechem, me estendam a mão,
Se há por aí sítio para mim, seja esse poço,
que por aqui não dá mais alegria então.
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