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A mostrar mensagens de dezembro, 2021

Adivinhei.

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Adivinha. Estás na merda outra vez.  Telemóvel virado ao contrário. Não às notificações. Não a querer fazer parte. Egoísta, mas quero dar parte de mim a quem? Quem quer parte disto? Olho o vazio de frente, prefiro ver que não há nada. Nada é melhor do que rostos, à espera. À espera de mim, cortada ao meio, e meio cortado aos meios. Existência a doer, está tudo morto, letras se formam, frases de dor, leitura entorpecida. Sou eu? Eu sou isto? Finjo a minha morte, mas só na minha cabeça. Para os outros existo, para mim existo com dor. Existir com dor, que tormento, que sina.  Que merda. Sou a melhor a esconder, escondo desde pequena. Sorrio, participo, transformo-me mas sozinha. Sozinha sou pó. Varram-me me daqui. Levem-me suavemente, façam-me transportar por ventos. Sentir a leveza de mim mesma. Ver céus de esperança, flutuar de mim mesma. Acabar com um sorriso eterno.