O amor é uma coisa ruim. Vejamos bem, na literatura o casal mais apaixonado, o epíteto do amor, Romeu e Julieta, qual foi o destino deles? Acabarem mortos sem chegar a viver a felicidade do verbo amar. Nem eles que se amavam por este mundo e pelo outro, lhes foi dada a chance de poder serem felizes. Morreram precocemente e por causa do amor. Daí o amor ser uma coisa ruim. Não há promessas infalíveis, não há sequer promessas prometíveis, só palavras ao vento, apenas sentimentos do instante, e acreditar no amor é acreditar que esses sentimentos não são instáveis, mas são. São instantes de tempo, instantes de vontade, instantes esses que são capazes de nos destruir se contra nós se virarem. Conheço pessoas que foram felizes, mas conheço ainda mais pessoas que foram magoadas por amor. Que causa é esta? Qual o seu objectivo se não somos mais felizes do que somos antes tristes?
Loucura.Insana.
Que loucura insana. Tanto sinto como deixo de sentir. Que abismo mental, que incerteza caótica. O sentido que tem não ter sentido algum isto de perceber que talvez seja assim até sempre. Perceber que não há solução certa, que não há fórmula criada, que não há quem nos garanta de nada, que nada é nos garantido. Não perceber que talvez será sempre assim, a esperança de ter algo que não nos pertence, de que no final, que esperamos sempre que seja agora, de que nos seja dado o que merecemos. E o que é isto de merecer? Merecer o quê e por alma de quem? Quem nos ensinou de que temos aquilo que queremos? Mas já viram o que é não terem o que querem? Mas há coisas que se percebe que foram feitas para serem nossas, de que não faz sentido não o serem, de que há pessoas que nos pertencem, mesmo que pertencer seja objectificar, porque o que somos nós para além de objectos, de figuras, de coisas, que enquanto vivas servem propósitos, de que mortas deixam de servir? Porque há um lugar, uma linh
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