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Loucura.Insana.

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Que loucura insana. Tanto sinto como deixo de sentir. Que abismo mental, que incerteza caótica. O sentido que tem não ter sentido algum isto de perceber que talvez seja assim até sempre. Perceber que não há solução certa, que não há fórmula criada, que não há quem nos garanta de nada, que nada é nos garantido. Não perceber que talvez será sempre assim, a esperança de ter algo que não nos pertence, de que no final, que esperamos sempre que seja agora, de que nos seja dado o que merecemos. E o que é isto de merecer? Merecer o quê e por alma de quem? Quem nos ensinou de que temos aquilo que queremos? Mas já viram o que é não terem o que querem? Mas há coisas que se percebe que foram feitas para serem nossas, de que não faz sentido não o serem, de que há pessoas que nos pertencem, mesmo que pertencer seja objectificar, porque o que somos nós para além de objectos, de figuras, de coisas, que enquanto vivas servem propósitos, de que mortas deixam de servir? Porque há um lugar, uma linh...

Cada.Beijo.

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Cada vez que te vejo, o meu coração cai-me do corpo, torna-se mandante de todo o resto que sou eu. Tremo por uma temperatura gélida, mesmo que seja em pleno verão. Relembro as vezes em que nos vimos. As primeiras vezes que nos vimos, após todas as cisões que tivemos. E de cada vez que nos olhávamos, fosse uma semana que tivesse passado, fosse um mês, aquele olhar arrebatava o mundo. Cometíamos tudo e mais alguma coisa, só a olhar um para o outro. Eu sabia que me tocavas, tu sabias que eu te queria, tudo só num olhar. Podia ter passado meses, ou dias, mas aquele olhar aquele olhar fazia acender todos os candeeiros do mundo. Das últimas vezes que estivemos juntos, antes de me deixares sozinha no carro, eu alcancei a tua mão e tu deste-ma, e aquele toque foi elétrico, criámos algo ali, alias comprovámos algo que criámos logo no início em que nos apaixonámos. Por isso pode passar um dia, podem passar meses, mas eu sei que de cada vez que os nossos olhares se cruz...

The.Fucking.Pain.

The pain. The fucking pain. Listening to the love of others. Yes you love yes you are loved. Been there done that. Where am I now? Just standing on the other side. Listening to your happiness. While I'm the one that once knew what is like to love and be loved. It's like hundred knives being jabbed inside of my weak body. All of them from once.

1984.

I say 1984, ten years before I was born, because is the year of the album that would name our relationship to me. A sunny and light weekend, with me and you, just us and a car on our way to Sesimbra. You driving, it was your car and I remember I still didn't have that confidence behind the wheel. I remember looking at you with such tender look, pretty much the same look I'm give now just imagining your face. We arrived to the house we would stay, your family's house, Sesimbra was your place, the place where you have your childhood memories, being happy and simple in those early 90 years. I already knew that place, it was not our first time there, but it was the first time with warm temperatures, with sun but not yet summer. Already unpacked I went for the living room, the place was a mix between an Indian tent, the wood, the wood pillars so very organic, I remember, and a summer house because of the simple yet confusing decoration, typical of a summer staying house. ...

Aquele.Sítio.Feliz.

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Não vos acontece terem um sítio que vos relembra paz de espírito? A mim acontece ser um sítio que nem é meu e um sítio a que só fui uma vez na vida.  A casa de uma pessoa, uma amiga com quem já nem me dou, em tempos fomos muito próximas, mas a vida fez questão de nos separar, por motivos naturais. Foi um verão de novidades, do florescer da minha adolescência. Foi um verão muito feliz, muito sol e calor, muito cor-de-laranja e cor-de-rosa de final de tarde. Haviam sempre raios a brotar de todos os lados naqueles finais de tarde, lembro sobretudo uma tarde em que estendemos a nossa roupa da praia ao longo dos cabos que haviam atrás da casa. Lembro-me de fotografar aquelas cores quentes com a minha primeira máquina fotográfica, de ver ao longe o sol a pôr-se numa espécie de neblina que mais não era do que os raios de calor a dissiparem-se no horizonte amarelo, de sentir que tinha o mundo por descobrir. Aqueles dias foram de tremenda paz de espírito mas também de muita energia ju...