Nunca pensas que vais ser aquela pessoa. Vês pessoas a serem-no e tens pena, Vês pessoas a sofrerem por isso mas achas que tu não vais sofrer nunca por esse motivo. Pensas-te ser intocável, que sabes e vês e por isso não sentes que um dia podes ser tu. Mas um dia tão simples como uma sexta-feira passas a ser essa pessoa. O mundo pára, eu sei que pára, pelos menos para ti e a partir desse momento vem tudo em câmera lenta. Vais tratar-te mal, vais desleixar-te, vais acima de tudo deixar de confiar, é inevitável. Importante é saber que tudo passa, tudo se transforma e sim transformar esta dor é a chave. Transformar esta dor em algo tão simples como a tua força interior, saberes que ninguém é te teu merecido na medida em que nasceste para ser merecido por alguém. As pessoas não se merecem elas ajeitam-se por necessidade, e quando a necessidade deixa de existir acabamos todos neste paralelo de realidade. Deixar de existir é antónimo para quem está vivo e por isso é tão difícil a...
Que loucura insana. Tanto sinto como deixo de sentir. Que abismo mental, que incerteza caótica. O sentido que tem não ter sentido algum isto de perceber que talvez seja assim até sempre. Perceber que não há solução certa, que não há fórmula criada, que não há quem nos garanta de nada, que nada é nos garantido. Não perceber que talvez será sempre assim, a esperança de ter algo que não nos pertence, de que no final, que esperamos sempre que seja agora, de que nos seja dado o que merecemos. E o que é isto de merecer? Merecer o quê e por alma de quem? Quem nos ensinou de que temos aquilo que queremos? Mas já viram o que é não terem o que querem? Mas há coisas que se percebe que foram feitas para serem nossas, de que não faz sentido não o serem, de que há pessoas que nos pertencem, mesmo que pertencer seja objectificar, porque o que somos nós para além de objectos, de figuras, de coisas, que enquanto vivas servem propósitos, de que mortas deixam de servir? Porque há um lugar, uma linh...
Menti, disse que não me lembrava da última vez que tinha chorado, e lembro, eu sei quando, sei exatamente quando foi. Chorei de tristeza, de profunda mágoa de ser como é aquilo que me infecta, por dentro, que dor, que vazio, que sina a que me deixa sem conseguir respirar. Eu chorei tanto que não sentia que tinha corpo, tornei-me celestial. As lágrimas cobriam-me como um manto de cobre, que tristeza a minha. Salva-te, sai desta água que te arrasta, que te agarra os pés e te afunda neste poço. Melhores dias virão.
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