Morta de Vazio
Não me ajudo, os corrompidos não se conseguem ajudar.
Por muito que me olhe no espelho não reconheço a tristeza no olhar,
o sorriso inverso, que figura é esta que apresento a mim mesma?
Eu estava bem há uns dias, bem, dentro do possível do que é estar bem.
E de repente, como uma corrente de ar que fecha portas abertas,
a porta do meu quarto fechou-se e eu fiquei aqui.
Não consigo. Não consigo. Não consigo.
Estou fechada aqui, sozinha, isolada, triste,
os meus olhos não se abrem totalmente há dias.
Não vejo o mundo, mas neste momento parece-me,
que o mundo também se esqueceu de mim.
Fiquei para trás, vejo o mundo a mover-se à minha frente.
Gostava, gostava de algo mas esqueci-me do sabor das coisas,
não me lembro o que é sentir que estou bem.
Parece-me que foi há tão pouco tempo que soube
por mais pouco tempo que fosse esse sentir bem.
Ouvir música com prazer, eu fiz isso!
Eu lembro-me dessas sensações que felicidade!
Agora? Morta de vazio.
Procuro sentir o que lembro de ter.
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