Realidade. Sonho. Sonho. Realidade.
Os olhos abrem, vejo realidade,
realidade sonho, sonho realidade.
Não há diferença, sinto o mesmo.
Imagino-me a gritar de pulmões cheios,
a água entope-me a garganta,
a voz falha no grito estremecido.
A alma sai, não sou mais corpo, sou só alma, eco.
Ecoo para fora, chego a lugares longe, perco tudo o que vi,
ganho visão, atinjo velocidade e distância, distancio-me do passado.
Futuro acresce, melhor vejo, a alma ainda se perde mas encontra o novo.
Alma cheia, o grito salva-me mais uma vez, mas por segundos,
Vejo-me a ser sugada novamente, caio no corpo, não sou mais só alma,
sou corpo e alma, sou corpo, sou passado, vejo tudo o que via antes,
perco velocidade, perco visão, volto ao que era.
Preciso de gritar outra vez.
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