Olho.

Olho. Páro. Olho. Páro.
Volto a olhar, não há sinal de ti. Espero porque voltes, choro esse dia, imagino esse momento.
Mas um ano já passou, assumo que outro passará. Nunca um ano demorou tanto a passar. Ano de sofrimento e decepção. Humilhei-me, deixei-me ir por correntes que nadei sem saber no que me metia. Hoje não consigo sair delas, hoje estou presa nessas correntes há anos. Desde que te conheci.
Dói-me o corpo, a existência também sofre, também há desgaste de um corpo não amado. A mente? Essa deixou há muito de ver sentido. E o pouco que viu dissipou tão rapidamente que talvez nunca tenha havido sentido, apenas visão turva de quem tenta alguma vez ser feliz. Revolta-me as entranhas saber que me vês como matéria leve de livre desapego, que me corróis com um sorriso na cara achando piada ao que deste lado é mais um metro para baixo. Vais tu ver o que me fazes? Vais tu perceber o que queres? Vais? Diz-me que vais. Ou então, manda-me embora.





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