Resgate.

É este o preço a pagar?
Ver-te a ser feliz sem mim?
Imaginar com quem te ris mais,
que te ris junto, eu choro sozinha.

Da tua felicidade eu me alimento, 
como se de fruto envenenado do sofrimento,
que eu levo em mim, 
vaga e farta de sentimento.

Que fosses e não mais voltasses.
Vai de mim, vai de ti.
Vive longe, desaparece de onde eu não mais te veja.
Corre, corre, corre.

Não te apanhe nunca mais.
Faz de mim aquilo que eu não quero.
Pessoa maltratada, coração ensanguentado.
Sangro lágrimas de amor partido.

Foste o meu céu, talvez exagerei.
Sei que o fiz porque até hoje não te larguei.
Preciso de forças, que me agarrem esta mágoa,
Apesar de tanto te querer, não te reconheço em nada.

Na pele sinto cada chicotada que me deste,
o meu coração arde de tristeza, exaspera por mudança.
Eis que espero por redenção, espero esse dia.
Ergo-me por esse momento de libertação.

Venha ele em todo o seu esplendor,
Meu corpo merece, a minha alma transpira,
Que labirinto este, não me lembro de ter entrado.
Aqui presa ando, faz anos, sou resgate atrasado.














Márcia Simões by Inês Serrano 






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