Janela.
Olho pela janela, que em tempos olhaste também. Não te consigo dizer o quanto sinto a tua falta. Quero ver a tua cara, preciso de ver-te! Preciso mais do que preciso de respirar! Estou a sufocar com a tua falta! Se tu desapareces, eu fujo do que a vida tem para me oferecer, porque se é a vida, lidar com o teu desaparecimento, eu recuso. Eu recuso não saber as tuas rugas de expressão de cor. Preciso de sentir a pele das tuas mãos, quero que me agarres. Não me largues, por favor. Olha-me nos olhos, vê o que sofri por não te ter visto antes, sente o que te transmito, o meu olhar está sofrido, tu sentes isso eu sei. Não quero mais isto, não quero... Eu não quero a vida, não quero... Quero-te, quero-te, quero-te, quero-te, quero-te...digo eu pode ser que se concretize. Tanto imaginei, mas tanto, que vinhas para me buscar, que voltavas. Não peças desculpa, aparece.