A Marte.

Desconhecia amar,
Desconhecia amar tão intensamente assim,
Não há limites, não há senão,
Há simplesmente amar.
Amar-te no infinito,
Olhar-te e querer olhar sempre.
Sentir-te perto, ter-te comigo.
Amar é ir e ficar.
Sentir o corpo ficar em ti, preso.
Mesmo quando a distância já é muita.
Ficar em fixo na tua existência,
Como se existir fosse a partir de ti,
E, tudo o resto anda tão devagar,
Anda ao ritmo de uma fotografia,
Quando tenho de esperar para te ver.
Sei e sinto que saio da vida
E entro num labirinto sem fim,
Que deixa em suspenso a vida
Que por ti espera e anseia!
E tudo se torna um ensaio sem peça,
Uma brincadeira sem piada,
Uma partida sem cúmplice,
Um jogo sem jogadores,
Uma praia sem mar,
Um céu sem estrelas,
Quando tenho de existir sem ti.
Eu faço parte do amor que te tenho,
O amor que te tenho tem-me.
E por isso te vejo mesmo quando não estás,
Cheiro-te como se fosses o perfume que coloco,
Sinto-te como se entrasse dentro de água,
Quero-te mais do que consigo querer algo,
E por isso dói tanto querer tanto,
Mas quando te tenho eu sei
Que a vida se concretiza aí,
Exatamente nessa união,
Precisamente no amor que te tenho,
O fazer sentido ganha sentido
Simplesmente por existires comigo.
Por ti irei a Marte.



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