Somehow.
Boa noite,
O tema de hoje surgiu porque acabei um livro que já há muito andava para ter acabado, Emma de Jane Austen, é um livro pesado, não pelo peso do objecto, mas porque, como se passa dentro do século de 1700, (quem me dera ter nascido por aí...), todos os diálogos são lentos e bastante floreados na dialética social. E, foi quando acabei finalmente a história, e refletia sobre o que tinha acabado de ler, que percebi o quanto a sociedade mudou desde aí. Naquela altura, as pessoas tinham uma sensibilidade no modo de falar com os outros, havia acima de tudo respeito. A distância requerida e esperada, tornava até a mais simples alma, em alguém educado e condescendente.
E depois voltei até aos tempos do agora. E o que se passa no agora? Agora tudo é feito num estalar de dedos, as pessoas já não se respeitam, é tal a proximidade que há entre o "querer" e o "ter", que entre querer e ter já não há quase processo nenhum, aliás o "ter" acaba muitas vezes por aparecer primeiro do que o "querer", se é que esse "querer" chega sequer a existir. E qual é a graça em viver num momento destes? Nada tem importância, já são muito poucos aqueles que realmente se interessam. Por isso vivemos sufocados, numa ânsia que anseia por cada um de nós, ainda nem nascidos somos...
As relações entre as pessoas são fugazes, o toque é rapidamente feito, o espaço facilmente invadido, aquela espera saudável é agora um tormento doentio... mundo que te aconteceu? Mundo humano, que mudaste tanto e nem me deixas experimentar essa outra vida de verdadeiros sentimentos. Por isso me acham demasiado sensível, eu nasci no século errado! Tivesse eu nascido na época a que me refiro e seria apenas alguém preocupado e quem sabe normal... E sim posso dizer que aí não me importava de ser apenas mais uma pessoa dentro do normal. Que coloquialidade, que sentido ético, que disciplina, que calma, que inteligência, que classe, que vida... trocaria as selfies, os Facebooks, os snapchats, as saídas à noite, os likes nas fotos, os pedidos de amizade, as SMS, os ícones, tudo isso...por pessoas a sério, por momentos realmente reais...
O tema de hoje surgiu porque acabei um livro que já há muito andava para ter acabado, Emma de Jane Austen, é um livro pesado, não pelo peso do objecto, mas porque, como se passa dentro do século de 1700, (quem me dera ter nascido por aí...), todos os diálogos são lentos e bastante floreados na dialética social. E, foi quando acabei finalmente a história, e refletia sobre o que tinha acabado de ler, que percebi o quanto a sociedade mudou desde aí. Naquela altura, as pessoas tinham uma sensibilidade no modo de falar com os outros, havia acima de tudo respeito. A distância requerida e esperada, tornava até a mais simples alma, em alguém educado e condescendente.
As relações entre as pessoas são fugazes, o toque é rapidamente feito, o espaço facilmente invadido, aquela espera saudável é agora um tormento doentio... mundo que te aconteceu? Mundo humano, que mudaste tanto e nem me deixas experimentar essa outra vida de verdadeiros sentimentos. Por isso me acham demasiado sensível, eu nasci no século errado! Tivesse eu nascido na época a que me refiro e seria apenas alguém preocupado e quem sabe normal... E sim posso dizer que aí não me importava de ser apenas mais uma pessoa dentro do normal. Que coloquialidade, que sentido ético, que disciplina, que calma, que inteligência, que classe, que vida... trocaria as selfies, os Facebooks, os snapchats, as saídas à noite, os likes nas fotos, os pedidos de amizade, as SMS, os ícones, tudo isso...por pessoas a sério, por momentos realmente reais...
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